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Caminhos e destinos



Acho que todo mundo  já passou por isso. Sonhamos, planejamos, desenhamos,  como em uma casa de bonecas ou um conto de fadas. E é esse sonho que nos mantem por muito tempo no caminho, apesar das pedras, na esperança de almejar alcançar o objetivo final.
De repente algo acontece que não sabemos exatamente o que, e a vida não sai bem como planejamos. Parece que tudo que passamos foi em vão, os pés já estão calejados de tantas pedras, e nem sabemos mais à que pé estamos do caminho.  Ficamos um tempo meio perdidos, sem rumo, a vida fica meio sem graça, vazia. E ai nos damos conta que não sabem mais qual destino final, e muito menos o caminho que devemos percorrer.. 
É como andar no escuro, você anda inseguro, com medo, não com tanta confiança, precisa de pessoas para se apoiar, ou até mesmo para se esconder. Deixamos de sonhar, de acreditar, de ter desejos, e de repente vem aquele sentimento que, “Ué, na verdade deixamos foi de andar?”. Sentimento que estamos parados, estagnados, vazios... Mas, parado onde?  E ás vezes a gente passa a viver até a vida dos outros, já que a nossa, bem e qual é a nossa vida mesmo?
É nem sempre a vida sai do jeito que a gente planeja.  E como seria bom se a vida tivesse um GPS: quando saímos do rumo, ele indicaria a rota alternativa para chegar no mesmo lugar. Mas na vida não é bem assim ne? Na verdade é bem diferente dos mapas. A terra nem sempre é terra firme, os caminhos nem sempre chegam ao destino indicado. Com o tempo aprendemos até mesmo que não é porque você está percorrendo o mesmo caminho que vai chegar no mesmo fim. E um caminho diferente, as vezes mais longo ou mais dificil, nem sempre é um caminho pior, as vezes apenas diferente. Bem como, não é porque você se sente perdido que está parado.  
E é nessa hora que aprendemos uma grande lição. Que não devemos desistir de nossos sonhos. É difícil, frustrante, mas não podemos deixar de sonhar quando a vida não sai do jeito que planejamos. Isso não significa que as coisas acontecerem de maneira melhor ou pior, apenas que foram diferentes. E não é porque o caminho não é exatamente aquele que gostaríamos, que não podemos chegar no mesmo lugar. E naquele lugar, aquele que sonhamos lá no começo, que nem parecíamos nos lembrar mais qual é, já que os sonhos vão enfraquecendo e a realidade frustrante ganhando cada vez mais espaço. Começamos então a perceber que para encontrar, as vezes é preciso de perder. Arriscar, tentar, sentir... Ou melhor: viver. E que nem sempre quando nos sentimos pedidos, estamos perdidos de fato. Sempre tem um pedacinho de nos que está sempre alerta, e no fundo, sabe bem onde está, e como está fazendo para chegar lá. As vezes só esquece de nos contar.
Que mesmo quando parecemos estar parados, e o ponto em que paramos parece ser muito pior do que o ponto inicial, um vazio, um desespero, sentimento de fracasso, impotência ou de dor. E isto não é verdade. Já conquistamos muito, já andamos tantos quilômetros, já conquistamos tantos passos. E ai percebemos enfim, que nem sempre o mais importante é o destino final. O que dá sentido a vida a maioria das vezes é o caminho. E ele que nos ensina e é nele que passamos a maior parte do tempo. Então aproveite, sinta, curta.  Viva o seu caminho, aproveita cada momento, e apesar das pedras, faça do passeio o mais gostoso possível.
Almeje seu destino, mas nunca deixa de aproveitar o seu caminho. E siga seu caminho, sem perder de vista o seu destino.

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