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“ A vida te atropela em uma velocidade alucinante tal qual o ritmo histérico de um carrossel que não para de girar.  E de repente você cai em si que não criou sua própria história. Achava que construiu seu  próprio caminho, enquanto, na verdade, tudo não passou de caminhos que a vida lhe deu para escolher. E você simplesmente agarrou as oportunidades que lhe pareceram mais semelhantes com teus sonhos. Mas o que parece engana, e te leva para um destino inesperado. Então de repente você não sabe mais para onde queria ir e não faz ideia de onde está. Mas tudo bem, até que está confortável por aqui “
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Afinal psicóloga, você é contra ou a favor a lei da palmada?

Bem, se tudo acontecer como de praxe, esta lei vai acabar passando pelo senado, sancionada pela presidente, e entrando em vigor em 2012. E assim, minha opinião ou a sua não vai valer de nada, simplesmente não importa nesta paradoxal DEMOCRACIA . Se em Uberlândia recentemente, mesmo com tanto protesto e abaixo assinada da população conseguiram aumentar o salario dos vereadores para 15 mil, o que será de uma lei dessas que já passou por tantas instancias?
Cabe a nos então refletir apenas o que fazer a partir disso. Aproveitar os pontos positivos e tentar ao máximo minimizar as possíveis consequências negativas. Discutir outras medidas educativas eficientes, conscientizar a população, assistir e orientar pais, refletir os caminhos alternativos para a educação. Diferente do que muitos pensam, muitas vezes palmada não educa. A palmada por si só ensina apenas a sentir medo, o que alguns chamam erroneamente de respeito. Quem educa mesmo é os pais. Os pais educam com amor, com atitudes, servindo de modelo, conversando, explicando e ensinando valores.
Afinal, existem outros recursos para educar até melhores que a palmada, que constroem valores e formam cidadãos. Criança é inteligente, aprende com diálogo e explicações. A melhor forma de educar e ensinar é fazer a criança vivenciar as consequências reais de suas ações negativas, já que elas vão acontecer independente dos pais, mesmo após adultas. Sujou? Limpa. Errou? Peça desculpas. Estragou? Conserte. Só assim as crianças vão aprender as consequências reais de suas ações, e que existem outros caminhos para os problemas: as verdadeiras soluções eficazes. Assim, aprendendo também que agressão física não leva em lugar algum, afinal violência gera violência.
Tudo isso dá trabalho? Dá. Mas quem disse que ter filhos ia ser fácil? E, se parar para pensar vai ver que trabalho nenhum no mundo chega perto da satisfação de ver um sorriso verdadeiro no rosto de uma criança e um filho adulto feliz seguindo um bom caminho na vida.

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Porque ser contra lei da palmada?

Bem eu acho que a intenção da lei é boa, mas não sei se seria esta lei o melhor meio para este mesmo fim.
O primeiro ponto  a ser levantado é a interferência do estado na família. Afinal, cabe ao estado este papel? Uma ação educativa não seria melhor que uma punitiva? Bem, o estado não estaria usando de arma bem semelhante que está proibindo os pais de usar? Multa, perder a guarda dos filhos, ir para prisão... Se a intenção da Lei é usar de educação no lugar da punição, não seriam estas punições graves? Acho um caminho alternativo para a lei seria a conscientização e a educação dos pais. Mas assim como educar filhos em vez de bater, educar e conscientizar pais em vez de punir também dá muito mais trabalho né?
O que o Governo finge não ver é que a maioria dos pais usa do recurso da palmada simplesmente porque foi a forma pela qual foram educados, e não conhecem outra maneira de ensinar os filhos. Se agora não pode bater, como vão educar? O estado também irá interferir na família investindo em campanhas e políticas públicas para formação e conscientização de pais de outros recursos para educação? Em assistência e orientação a família? Acesso no sistema público à psicólogos e demais especialistas? Porque hoje com a influencia da mídia, dos jogos, a sexualidade banalizada, as novas estruturas familiares, o excessivo tempo dispendido no trabalho, os novos distúrbios psicológicos, a pedofilia, o crime organizado e o universo das drogas, já é muito difícil educar um filho. Conseguir agregar a formação de um filho, livrando-o de influências negativas e dos males do mundo, já é uma batalha. Imagine só retirando o recurso educativo mais difundido na história, e não disponibilizando outros no lugar? Se a situação dos jovens de hoje já está complicada, os jovens do futuro ficarão mais valores e princípios? Onde vamos parar?
Existem sim outros caminhos e outros recursos para educação de nossos filhos, mas não podemos simplesmente deixar que os pais descubram sozinhos. Isso sem falar naquela criança que você ensina uma, duas, três vezes, e não consegue inibir o comportamento. Deixa de castigo, tira o vídeo-game, e nada funciona. A primeira coisa que os pais pensam: “se não pode bater, o que eu vou fazer?” E realmente tem muita criança que não precisa de apanhar para aprender, mas sempre tem também  aqueles mais difíceis, os “pimentinhas” que parecem só aprender com uma palmada. E também aqueles que os pais simplesmente não sabem mais o que fazer, e as vezes nem a palmada resolve.
Quando a criança não mantém o comportamento inadequado o melhor a fazer é tentar identificar o que está acontecendo. Não subestime uma criança. A criança é naturalmente inteligente, e se ela não aprende o que tentamos ensinar, alguma coisa está acontecendo. No caso da educação, pode ser:
- A relação entre criança e pais pode estar afetada
- Os pais então passando a mensagem errada ou as vezes mensagens contraditórias
- Os pais podem estar dando exemplo do comportamento no famoso “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”
- Os filhos podem estar tentando chamar atenção, pois estão sentindo não ter atenção o suficiente.
- Pode ser algum sintoma psicológico manifestando com comportamento inadequado, como distúrbios de ansiedade, de humor ou de comportamento.
E estas são apenas algumas alternativas entre milhões que podem estar ocorrendo, afinal, como eu disse lá no começo cada caso é um caso. O que precisamos descobrir é porque a criança mantém o comportamento?  O melhor jeito é investigar, se possível com ajuda de um especialista. Mas, e quem não tem esse acesso, o Estado vai oferecer?
Outra discussão em pauta, é conhecendo a inteligência de uma criança , esta lei pode interferir nas relações pais e filhos, tirando a autoridade dos pais e os filhos podendo utilizar a lei como coação? Se não tem como medir a força de uma palmada, e se palmada fraca pouco deixa vestígios, crianças não poderão ameaçar os pais, inventar ou aumentar, para conseguir aquilo que querem ou “acham que querem”? Essa hipótese é muito séria e, com o medo dos pais,  pode influenciar ainda mais a má educação.
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Porque ser a favor a lei da palmada?

Muito se fala da questão do trauma. A criança que recebe leves palmadas, terá traumas em seu futuro? Eu digo que cada casa é um caso, é isso vale para todas as experiências da vida, cada pessoa absorve e significa as vivências de maneira diferente. Para algumas restam traumas, outras não. Para outras, inclusive situações aparentemente menos dolorosas, deixam traumas muito maiores. Então, não tem como prever. O que posso dizer é que em muitos dos casos, “palmadas leves e esporádicas” não deixam sérias “cicatrizes psicológicas”.
Porém é importante ressaltar a visão que o trauma é uma prolongação do sofrimento. Muitas vezes nos preocupamos demais com o futuro e nos esquecemos do presente, ou seja, nos preocupamos com as consequências futuras e nos esquecemos do sofrimento momentâneo causada pela dor física. Temos o direito de agredir nossas crianças, mesmo que levemente? Se agredir um adulto é crime, porque agredir uma criança que não pode se defender pode ser permitido?
Mas acredito, que em pauta, muito maior que a agressão física em si, está a questão da educação.  Quando optamos por dar uma palmadinhas, normalmente nos justificamos que estamos ensinando o certo. Na verdade, o intuito é este mesmo, ensinar o que se deve fazer. Mas será que com a palmada, estamos ensinando o certo? O certo é resolver os problemas com violência ? Ensinar o que não deve fazendo outra coisa que não se deve? Agressão é a solução? Pois é esse o recurso que estamos ensinando nossos filhos a adotar quando tiverem algum problema na escola, na rua, com o irmão...
Quando batemos na maioria das vezes a criança deixa de emitir um comportamento por medo de apanhar e, não porque é errado e agir daquela maneira trará consequências negativas. Devemos ensinar nossas crianças o certo e o errado sempre em função das consequências que nossas ações podem gerar, e não simplesmente por resposta ao medo, condicionada e automática. E quando as crianças se tornarem adultos e não houver ninguém para bater, elas vão se comportar bem por qual motivo?  No fim o que vale são os valores e princípios que aprendemos em nossa educação e formam nossa personalidade, que não se formam com agressão, mas as palavras certas e atitudes positivas.
Os defensores da lei também argumentam quanto a medida da palmada. Parece obvio, mas será que quando estamos batendo temos noção da medida de nossa força ou sabem a hora certa de parar? Por quantas vezes você já passou por situações com outros adultos que lhe disseram “você não tem medida da sua força”? Imagine só uma criança.  Muitas vezes só percebemos que passamos do limite depois que ele já foi ultrapassado, quando não tem mais como voltar atrás. Então, nestes casos, são atitudes que é o melhor nem começar, pois na muitas vezes não sabemos a hora parar, como o consumo de bebida alcoólica, por exemplo.  E aquela criança que batemos fraco, e repete o comportamento inadequado. Depois a palmada é mais forte, e ela ainda não ainda aprende. Se ela não parar de se comportar de forma inadequada, e a palmada for ficando cada vez mais forte, qual será o limite?
Também tem muito pai que bate não por ser o melhor jeito do filho aprender, e sim o jeito mais fácil para ele ensinar. O pai chega do serviço cansado, sem tempo, o filho começa a “dar trabalho”. O pai sem paciência, prefere bater do que ter todo “mais trabalho” que o castigo ou uma conversa dispende. Aproveitando o exemplo da bebida alcoólica acima, não podemos esquecer dela.  Muitas vezes o pai ingere bebida alcoólica ou está com raiva por problemas no trabalho ou com a mulher, e acaba descontando suas frustações na criança, iniciando com a palmada.
Bem, nos debates que participei sobre o assunto, ouvi muito “meu pai me bateu e isso fez quem eu sou hoje.  Acho importante lembrar que não é todo mundo que apanha que segue bons caminhos  na vida, e nem a pessoa que nunca apanhou significa que não teve educação. Conheço inúmeros casos de pessoas que não apanharam dos pais e hoje são pessoas adultas, com valores, formadas e educadas. E outras demais que apanharam, apanharam e continuam “dando trabalho” pelo mundo afora. O mesmo vale para aquele ditado: “quem não apanha em casa apanha na rua”. Isso pode ser bem verdade, mas e quantos que já apanharam em casa, não resolveu,  e apanham também na rua? 
Outro ponto pouco discutido quanto a importância dessa lei, é a proteção da criança contra terceiros, como babás, cuidadores, tios, avós, já que a lei não vale apenas para pais, mas para qualquer adulto, proporcionando mais segurança também para os pais coibindo que seus filhos sejam agredidos contra sua vontade.
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Lei da Palmada divide opiniões

Como medir a força de um tapa? Como saber se o tapa vai educar ou machucar? Cada mão tem sua medida. Pensando nessas questões que surgiu a lei da palmada. Sabendo que não tem como medir intensidade da “palmada segura” (a não ser depois que ela deixa seus hematomas), para a lei, o mais seguro mesmo é evitar qualquer tipo de agressão física a crianças e adolescentes. 


Neste mês a Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou a Lei das Palmadas, que proíbe castigos físicos a crianças no ambiente familiar. Como a aprovação foi em caráter conclusivo, o projeto seguirá direto para o Senado. Diante disso, o assunto têm gerado muita polêmica entre a população e dividindo opinião entre especialistas.



Acredito que esta lei tem pontos negativos e pontos negativos a serem levantados, como faremos no posts a seguir.
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Caminhos e destinos



Acho que todo mundo  já passou por isso. Sonhamos, planejamos, desenhamos,  como em uma casa de bonecas ou um conto de fadas. E é esse sonho que nos mantem por muito tempo no caminho, apesar das pedras, na esperança de almejar alcançar o objetivo final.
De repente algo acontece que não sabemos exatamente o que, e a vida não sai bem como planejamos. Parece que tudo que passamos foi em vão, os pés já estão calejados de tantas pedras, e nem sabemos mais à que pé estamos do caminho.  Ficamos um tempo meio perdidos, sem rumo, a vida fica meio sem graça, vazia. E ai nos damos conta que não sabem mais qual destino final, e muito menos o caminho que devemos percorrer.. 
É como andar no escuro, você anda inseguro, com medo, não com tanta confiança, precisa de pessoas para se apoiar, ou até mesmo para se esconder. Deixamos de sonhar, de acreditar, de ter desejos, e de repente vem aquele sentimento que, “Ué, na verdade deixamos foi de andar?”. Sentimento que estamos parados, estagnados, vazios... Mas, parado onde?  E ás vezes a gente passa a viver até a vida dos outros, já que a nossa, bem e qual é a nossa vida mesmo?
É nem sempre a vida sai do jeito que a gente planeja.  E como seria bom se a vida tivesse um GPS: quando saímos do rumo, ele indicaria a rota alternativa para chegar no mesmo lugar. Mas na vida não é bem assim ne? Na verdade é bem diferente dos mapas. A terra nem sempre é terra firme, os caminhos nem sempre chegam ao destino indicado. Com o tempo aprendemos até mesmo que não é porque você está percorrendo o mesmo caminho que vai chegar no mesmo fim. E um caminho diferente, as vezes mais longo ou mais dificil, nem sempre é um caminho pior, as vezes apenas diferente. Bem como, não é porque você se sente perdido que está parado.  
E é nessa hora que aprendemos uma grande lição. Que não devemos desistir de nossos sonhos. É difícil, frustrante, mas não podemos deixar de sonhar quando a vida não sai do jeito que planejamos. Isso não significa que as coisas acontecerem de maneira melhor ou pior, apenas que foram diferentes. E não é porque o caminho não é exatamente aquele que gostaríamos, que não podemos chegar no mesmo lugar. E naquele lugar, aquele que sonhamos lá no começo, que nem parecíamos nos lembrar mais qual é, já que os sonhos vão enfraquecendo e a realidade frustrante ganhando cada vez mais espaço. Começamos então a perceber que para encontrar, as vezes é preciso de perder. Arriscar, tentar, sentir... Ou melhor: viver. E que nem sempre quando nos sentimos pedidos, estamos perdidos de fato. Sempre tem um pedacinho de nos que está sempre alerta, e no fundo, sabe bem onde está, e como está fazendo para chegar lá. As vezes só esquece de nos contar.
Que mesmo quando parecemos estar parados, e o ponto em que paramos parece ser muito pior do que o ponto inicial, um vazio, um desespero, sentimento de fracasso, impotência ou de dor. E isto não é verdade. Já conquistamos muito, já andamos tantos quilômetros, já conquistamos tantos passos. E ai percebemos enfim, que nem sempre o mais importante é o destino final. O que dá sentido a vida a maioria das vezes é o caminho. E ele que nos ensina e é nele que passamos a maior parte do tempo. Então aproveite, sinta, curta.  Viva o seu caminho, aproveita cada momento, e apesar das pedras, faça do passeio o mais gostoso possível.
Almeje seu destino, mas nunca deixa de aproveitar o seu caminho. E siga seu caminho, sem perder de vista o seu destino.
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Equipe Vem Ser no Programa Papo de Butequim


Confira a participação da Equipe Vem Ser no Programa Papo de Botiquim, "Papeamos" sobre o caso de Transtorno Pós Traumático do cantor Marrone e o triste caso do menino Davi que atirou na professora. Agradecemos ao Fernando Garcia e ao Aldair Dos Santos pela participação. Cada vídeo é referente à um bloco:

http://uipi.tv.br/musicvideo.php?vid=f0044cc07 
http://uipi.tv.br/musicvideo.php?vid=9904d8e3f
http://uipi.tv.br/musicvideo.php?vid=ec1d57241
http://uipi.tv.br/musicvideo.php?vid=da54b1b4c   
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