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Afinal, jogos eletrônicos com conteúdo agressivo, podem influenciar no comportamento de crianças e adolescentes?

Resumo da entrevista concedida ontem à Rádio Vitoriosa AM 1390, pelas Psicólogas Fernanda Junqueira e Tatiana Scramin.

Com a ascensão da tecnologia e da internet, cada vez mais jogos eletrônicos com temas violentos têm feito sucesso entre crianças e jovens. A partir disso são levantadas questões do tipo: como devo agir se meu filho se interessar por esse tipo de jogo? O jogo pode influenciar seu comportamento?
Quando lidamos com ser humano, a resposta nunca é exata, pois cada ser humano reage de uma forma específica aos estímulos do meio. Mas existem razões no estudo do desenvolvimento humano e situações do dia-a-dia clínico que nos convencem que esse tipo de jogo pode sim influenciar no comportamento e na formação de crianças e adolescentes.
O brincar é o momento da fantasia, do sonho, da representação da vida a partir de nossos desejos e sentimentos. A agressividade está presente em todo ser humano, e o brincar é o momento de colocá-la para fora sem prejudicar à ninguém, porque sabemos do seu conteúdo imaginário. Porém, crianças estão em desenvolvimento e ainda não têm a exata diferenciação entre fantasia e realidade, principalmente ao brincar com jogos eletrônicos, quando elas não apenas recebem a informação, mas são agentes, co-autores, interlocutores, interagem com o jogo e se comportam conforme é pedido, de forma a estreitar ainda mais esse limite entre a fantasia e o real. Além disso, com o desenvolvimento tecnológico e dos mecanismos 3D, simulação nos jogos eletrônico está cada vez mais próxima do real, diminuindo cada vez mais essa fronteira. 
Os jogos eletrônicos com conteúdo de violência contribuem para a formação de valores, e neles a vida se torna banalizada. Também está presente a questão do limite e das conseqüências de nossos atos. Na infância é quando estamos aprendendo o certo e o errado, o que se pode e não se pode fazer. Os jogos violentos a criança apenas age, e não sofre as conseqüências negativas do comportamento agressivo, o que leva a crer que elas não existem. Confundem quanto aos limites do que pode e não pode, pois enquanto o jogo ensina uma forma e a vida ensina outra, limites estes que serão essenciais para toda a formação do ser.  
Isso não significa que toda criança que joga esse tipo de jogo se torna violenta. Em algumas, essa diferenciação acontece muito bem e o jogo não tem efeito algum, porém os pais devem estar atentos aos riscos. A combinação de criança e riscos não funciona, e deve ser afastada. A orientação é sempre evitar este tipo de jogo, estimular brincadeiras mais saudáveis e que buscam a interação social. E quando não for possível evitar este contato, sempre estar atento ao seu filho observando possíveis influências e orientando que o jogo é apenas uma fantasia muito diferente da realidade, que a vida está sempre em primeiro lugar e que no mundo real a violência gera conseqüências terríveis para quem a comete. 
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Participação na Rádio Vitoriosa AM

Hoje participamos de programa na Rádio Vitoriosa AM 1390, sobre o tema: Influência de Jogos Eletrônicos com conteúdo agressivo no comportamento de crianças e adolescentes. Mais tarde iremos postar uma síntese sobre o que foi discutido. Agradecemos a rádio Rádio Vitoriosa AM 1390 pela oportunidade e confiança em nosso trabalho.
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De psicólogo e louco todo mundo tem um pouco..

Será verdade, não? Todos nós temos nosso lado que pensa, que analisa, que questiona, que sempre tem uma teoria, e sempre se vê na razão... Olhar por trás do óbvio, investigar as evidências, acreditar que sempre há algo por trás, o descobrir e mostrar a "verdade".. Analisar, refletir, fazer pensar, mostrar uma visão de fora, aconselhar...

Isso se pensarmos apenas no papel tradicional do psicologo clínico... Se formos um pouco além,por exemplo,pensar no profissional de recursos humanos.. Aquele que seleciona o melhor candidato, que preza pela qualidade de vida dos profissionais, que treina o outro para um melhor desempenho.. Não somos todos assim em nosso dia-a-dia, nas nossas relacões pessoais, com namorados, amigos ou filhos?

E ao mesmo tempo, todos nós somos loucos. Há sempre quem diga "todos os psicólogos que conheço são loucos". E eu vou um pouco mais além e pergunto, "e quem você conhece na sua vida, que poderia dizer que a pessoa é completamente normal?".

Eu adianto minha resposta, não conheço ninguém. De perto, bem de perto, ninguém é normal.. Todos temos nossas neuroses, psicoses e psicopatias, ao menos momentos assim... Isso não significa que todo mundo precisa de tratamento, nem que tudo é tratável...

E assim continuamos, nesse hospício de doutores..

Afinal o que é ser psicólogo? Afinal o que é ser louco?

E afinal o que é ser normal?

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